Antes de finalizar a capacitação, os agentes de todas as cidades presentes visitaram os movimentos e entidades culturais de Itapiúna como a ACACID e o CENTRO DE APOIO A CRIANÇA, na intenção de enriquecer os elos dos objetivos de nossos projetos.
No penúltimo dia os agentes se uniram e organizaram o III CAFÉ COM LETRAS, onde fizeram diversas atividade para a comunidade atendida pelo projeto, como oficinas de cartões e enfeites de natal, oficina e palestra de saúde bucal, oficinas de leitura e contações de histórias e muito mais. Juntamente com os agentes de Ibaretama e Capistrano, os agentes de Itapiúna estiveram mais próximos das famílias atendidas e assim nosso projeto ganha mais força da parte que mais precisa de nossos esforços: as famílias.
Os Agentes de Leitura de Itapiúna buscam sempre uma maneira de mostrar como a Leitura influencia e melhora tanto no convívio familiar como no crescimento intelectual e profissional. Não se fixando a um único alvo, os agentes atendem todos os que recorrem ao projeto, sejam eles, alunos, adultos, crianças, até mesmo Professores e servidores públicos também buscam o projeto. Nessas expectativas, os agentes de Itapiúna buscam não somente a melhora do projeto, como também a melhora de vida do município.
Agora eu pergunto, se fazemos tudo isso para que nossas crianças conheçam o valor do livro, para que nossos adultos não o esqueça e para que possamos manter nossos idosos sempre de páginas abertas, como que a leitura não tem esse poder de transformação? A leitura transforma, não uma transformação física e sim uma transformação de espírito, uma transformação social, intelectual e a melhor de todas, ela nos transforma como pessoas.
Quando iniciamos nossos trabalhos como agentes de leitura, não imaginávamos o que viria pela frente. As famílias poderiam não gostar da gente e afinal nem todo livro é bom. Mas a surpresa que nos assolou no final das contas, confessamos que nos deixaram sem palavras. Por muitas vezes fomos praticamente expulsos de muitas casas no início, mas não desistimos, persistimos e mantivemos nossas visitas. Quando era o dono da casa que nos dava um “não, obrigado”, voltávamos e tentávamos convencê-lo, por sua esposa e filhos... Funcionou. Hoje estes casos é uma das famílias que mais nos agradam e que esperam anciosamente por nossas visitas. Por isso voltamos a afirmar que a leitura transforma. Não transforma somente a vida das famílias não, mas como também a vida de quem as visita. Nossas vidas se transformaram para melhor, encontramos muitas pedras no caminho, mas a recompensa é boa demais: crianças que antes estavam vendo tv, devoram rapidamente meus livros, as que falavam palavrões, se calam diante do final das minhas contações de histórias. E algo mudou muito: a relação família livro. Hoje vemos pais lendo para os filhos e estes muitas vezes lendo para os pais. Vemos idosos ouvindo minhas contações de histórias e o melhor de tudo, a minha comunidade aprendeu a valorizar o livro.
